“Agamenon Magalhães que tanta grandeza encerra,
Nasceu em Serra Talhada,
Naquela talhada serra,
por isso nasceu
Talhado para governar
sua terra”.
Os versos e trocadilhos do grande poeta e
cantador Lourival Batista, dá a grandeza e a dimensão do político AGAMENON Sérgio
de Godói MAGALHÃES.
Ele tinha sólida formação intelectual, pois foi Geógrafo,
Professor
de Geografia, Bacharel pela Faculdade de Direito do Recife.
Em 1916, foi Promotor Público em Lourenço da
Mata; em 1918 foi eleito Deputado Estadual, e em 1924, Deputado Federal.
Ao lado de Carlos de Lima Cavalcante, apoiou Getúlio
para derrubar a República Velha (1930).
Conhecido em Pernambuco como “China Gordo” ou “O
Malaio”, nasceu em Serra Talhada, sertão de Pernambuco, em 1893. Foi Ministro
da Justiça e do Trabalho no governo Vargas.
Foi interventor durante o Estado Novo. Perdeu o
poder com a redemocratização (1945) e recuperou em 1950, quando foi eleito
Governador de Pernambuco. Ganhou no Interior e perdeu na Capital. Chamou o
Recife de “Cidade Cruel”.
Com menos de 02 anos de mandato, morreu de
infarto fulminante em Recife, no dia 24 de Agosto de 1952.
Há
60 anos Pernambuco ficou órfão de seu maior político.
Carlos de Lima Cavalcante, seu amigo, e depois adversário, confessou que chorou
ao tomar conhecimento de sua morte.
Agamenon era um apaixonado pela cultura popular.
Abria seus comícios com cantadores de viola e os recebia no Palácio do Governo.
Mas, certamente, não gostou de um verso feito por Zé Limeira, o “Poeta do Absurdo”.
Cantando com Otacílio Batista para Agamenon sua
esposa e convidados, Zé Limeira fez um verso do tamanho de sua loucura:
Otacílio:
“E antes que a nossa festa aqui se finde,
Doutor Agamenon, receba o brinde
Que à Dona Antonieta estou erguendo”,
Seguindo a tradição Zé Limeira respondeu:
“Eu, cantando para Dona Antonieta,
A muié do Doutor Agamenon,
Fico como o rei magro do Sion,
Me coçando na mesma tabuleta,
Eu aqui vou rasgando a caderneta
De Otacílio Batista, patriota....
Doutor, como eu não tenho um brinde em nota,
Que possa oferecer à sua esposa,
Dou-lhe um quilo de merda de raposa
Numa casca de cana piojota”.
Agamenon era um político contraditório: Bem
preparado intelectualmente e realizador, prestigiava os coronéis do
interior, ligados ao PSD, entre os quais Manoel Cordeiro de Melo Filho, de Lagoa
dos Gatos.
O Juiz de Direito Alfredo Pessoa de Lima retratou
o governo de Agamenon Magalhães
de forma contundente, no livro “Um Juiz no Reino de um Malaio”.
E
assim, como disse Ataulfo Alves: “Morre o homem e fica a fama”!!!!
Givaldo Soares
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