sexta-feira, 11 de julho de 2014

FUTEBOL: A DANÇA DO DIABO!



A derrota do Brasil foi uma tragédia anunciada, mas de difícil percepção.

Os primeiros sinais foram dados quando o Santos, de Neymar, enfrentou o Barcelona de Messi, no campeonato mundial de clubes, levou uma goleada e não pegou na bola.

O futebol mudou muito no mundo inteiro.

O Brasil campeão mundial cinco vezes, deitado em “berço esplêndido”, não entendeu as mudanças em toda a sua profundidade.

Elas começaram quando o Barcelona criou seu sistema tic-tac, que propõem o domínio da bola, a marcação sobre pressão e a grande movimentação dos jogadores. 

Com este sistema de jogo o Barcelona foi campeão espanhol e a seleção da Espanha foi campeã europeia e mundial.  

O técnico Guardiola levou esta filosofia de jogo para a Alemanha e aplicou no Bayern de Munique. E os resultados são evidentes.

O futebol é um jogo coletivo. Não se joga apenas com um jogador.

Heráclito, o grande filósofo grego, há três mil anos afirmava que: “Tudo muda, nada é estático”.

O futebol mudou muito e o Brasil não percebeu, principalmente na sua esfera política e administrativa, que é despreparada e corrupta.

Dois fenômenos contribuíram para a revolução no futebol: o televisionamento dos jogos e a globalização dos jogadores.

A televisão começou na década de 70, quando Berlusconi e Mordoch, magnatas da televisão europeia, resolveram transmitir os jogos.

A globalização veio logo depois, a partir da década de 80, onde africanos latinos e asiáticos inundaram o futebol europeu.

Estes dois fenômenos acima referidos transformaram o futebol em um dos maiores negócios do mundo.

O risco maior hoje para o futebol é a máfia, que procura ganhar dinheiro com este esporte a qualquer custo. Através de venda de ingressos, venda de passe de jogadores e manipulação de loterias via internet.

Uma tragédia ligada a este esporte é a violência, cujo exemplo maior é o do craque Neymar entre muitos outros. 

E também o uso político do futebol, que começou com o ditador Mussolini, da Itália, na Copa do Mundo de 1934, e a de 1938, na França. Mussolini teve um fim trágico. 

Getúlio Vargas também manipulou o futebol quando tentou organizar a Copa do Mundo de 1942 no Brasil, e foi frustrado pela segunda guerra mundial. 
Ele criou o Conselho Nacional de Desportos (CND) e sua filha, Alzira Vargas, foi nomeada madrinha da seleção de 1938.

O General Médici também tentou tirar proveito, pois ouvia a Copa de 70 com o rádio no ouvido e, na comemoração da vitória, fez algumas embaixadas.                                                   
Outro exemplo marcante é o do general e ditador Jorge Videla, da Argentina, na Copa do Mundo de 1978, realizada no seu País, pois trabalhou abertamente pela vitória da Argentina, inclusive com denúncias de soborno com relação à vitória sobre o Peru por 6x0.

A tragédia maior do Brasil não foi a derrota para a Alemanha por 7x1. O futebol é apenas um jogo. 

A nossa maior tragédia é política. Com nosso atendimento de péssima qualidade na saúde pública e a corrupção generalizada, que nos faz perder “a Copa da ética e do caráter”.

O presidente Lula é um homem inteligente. Com suas metáforas, sempre usou o futebol para influenciar a população mais humilde, que entende bem essa linguagem.

Agora, querer permanecer no poder manipulando o futebol já é demais!!!

Givaldo Soares

Cirurgião Dentista
                                                                     


Nenhum comentário:

Postar um comentário