Às 4h30min da manhã, ele acorda e começa seu
belo canto, um recital para saudar o raiar do dia. Ele não perde o horário.
Onde mora? Por que canta no mesmo cajueiro,
com tanta beleza?
Ele não trabalha, não tem salário, nem
obrigações sociais.
Não tem ideologia, nem faz guerra.
Ele usa seu canto, para saudar a natureza e
dar um exemplo de paz aos homens de boa vontade.
Meu pai, Antônio Joaquim da Silva, era um
apaixonado pelo seu canto e afirmava: - Um
bom galo de campina ao cantar diz: Padre, Filho e Espírito Santo!
Ao ouvir seu canto lembro-me do meu pai.
Dedico este pequeno texto à Maria Clara, minha
neta, que vai nascer no próximo ano.
Espero que, no futuro, ao clarear do dia, eu
possa ouvir o canto do galo de campina, do Alto da Candelária, em sua companhia!
Givaldo Soares
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