A velha Europa está em crise profunda. Orgulhosa do seu passado de glória, não abre mão de ser o centro do mundo civilizado.
Ela não percebeu que o mundo mudou profundamente, e que ela também precisa mudar.
É preciso humildade para entender que a moeda única, o Euro, coloca na mesma cesta os países ricos (Alemanha e França) e os países pobres (Irlanda, Grécia e Portugal) e aí pode está o X da questão.
O mundo globalizado interliga todos os países para o bem e para o mal. A própria Grécia é um exemplo: com apenas 3% da economia do bloco, pode levar a uma crise bancária e afetar a Espanha, a Itália e o resto do mundo
E a saída, onde está a saída? Navegar é preciso, é preciso reformar a Europa.
Tem dois caminhos: Um é espiritual, ressuscitar o velho Freud, para fazer uma psicanálise em grupo, com todos os países Europeus.
O outro é seguir a trilha do poeta português Fernando Pessoa:
“Há tempo em que é preciso
Abandonar as roupas usadas,
Que já tem a forma do nosso corpo
E esquecer os nossos caminhos que
Nos levam aos mesmos lugares.
É o tempo da travessia
E se não ousarmos fazê-la
Teremos ficado para sempre
À margem de nós mesmos”.
A América Latina pode servir de exemplo. Depois de centenas de crises encontrou seu caminho com destaque para o Brasil do estadista Fernando Henrique Cardoso. Ele e sua equipe econômica fizeram o milagre da ressurreição do país.
Com o plano Real dominou a inflação e com a lei de responsabilidade fiscal disciplinou as finanças públicas; com o PROER, colocou um freio no sistema bancário e financeiro; com as privatizações modernizou o Brasil, e realizou com a urna eletrônica a mais rápida, democrática e moderna eleição do mundo.
Agora só resta à Europa e ao premiê George Papandreou convocar o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, ele sabe o caminho das pedras...
Givaldo Soares
Cidadão brasileiro e
Cirurgião-Dentista.
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