segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

EDITH PIAFF - UMA LIÇÃO DE AMOR





Não, Eu Não Me Arrependo de Nada - Tradução de “Non, je ne regrette rien!”

Não! Não me arrependo de nada. Nem do bem que me fizeram, Nem do mal,

Tudo isso me é igual! Não! Não me arrependo de nada.

Tudo está pago, varrido, olvidado... Não me importa o passado!

Com as minhas recordações, Acendi o fogo, as minhas penas, os meus prazeres…

Já não necessito deles! Varri todos os amores e todos os seus tremores, Varri-os para sempre, Volto a começar do zero.

Não! Não me arrependo de nada. Porque a minha vida, Porque as minhas alegrias,

Hoje começam contigo...

Edith Piaf - Chegou aos seus 46 anos intensamente vividos e, sem saber como, encontrou de repente o grande amor da sua vida. Envolveu-se numa relação que surpreendeu o mundo. Enamorou-se loucamente por Théo Sarapo, um jovem grego 20 anos mais novo do que ela. Edith assegurava que este era o definitivo e maior amor da sua vida. Casou com ele e toda a gente pensou que se tratava de um “gigolô” que queria aproveitar-se da sua fortuna. Para todas as pessoas foi difícil acreditar no amor de uma mulher adulta e famosa por um jovem Adônis grego, mas Edith gritou aos quatro ventos que Théo era o único homem que tinha amado.

Um ano depois de casar com o jovem grego, em 1963, Edith Piaf morreu na sua casa do Boulevard Lannes, com a idade de 47 anos, vítima de uma cirrose avançada e com as suas funções deterioradas devido à morfina. O grande amor da sua vida durou-lhe apenas um ano.

Théo Sarapo foi o único herdeiro de Edith Piaf. Os direitos discográficos, de autor e cinematográficos foram parar à sua conta bancária. Isso confirmava as suspeitas de toda a gente.

A imagem de “gigolô”, inescrupuloso e oportunista, estendeu-se por todo o mundo, enquanto o silêncio do grego confirmava todas essas suspeitas. Contudo, sete anos depois, Théo Sarapo voltou a ser notícia de primeira página nos periódicos. Tinha-se suicidado. Sobreviveu até esgotar a “fabulosa” herança recebida de sua mulher, quer dizer, uma lista interminável de dívidas.

A enfermidade e a dependência de Edith Piaf tinham-na deixado na bancarrota e com dívidas até ao pescoço. Théo Sarapo, em silêncio, foi pagando como pode, uma atrás de outra, até deixar totalmente limpo o sagrado nome da sua amada. Quando acabou de pagar o último centavo, terminou com a sua existência. Para que a queria, se não podia compartilhá-la com o único amor da sua vida?

Na sua mesa de cabeceira encontraram um bilhete que dizia: Pour toi, Edith, mon amour. Théo Sarapo ensinou ao mundo e aos seus detratores outra maravilhosa Lição de Amor. Durante os sete anos que demorou a pagar as dívidas da sua amada Edith, jamais foi visto com outra mulher. Foi enterrado junto dela. No fim estariam juntos outra vez, para cantar a duo desde o além.

Por tudo isto hoje quis contar-vos esta história. Porque a gente sempre julga com facilidade, porque os preconceitos e a suspeita encobrem muitas vezes o verdadeiro amor e as boas intenções. Também porque Edith nos demonstrou que não se necessita de toda uma vida para amar e ser feliz, porque nos ensinou que um ano é suficiente para passar “o resto da vida com essa pessoa especial. Por isso, também lhe chamo Lições de Amor.

(Colaboração: Marivaldo Santos)

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