sexta-feira, 21 de dezembro de 2018

O SUPREMO E O FUTEBOL



O SUPREMO E O FUTEBOL
O time do Supremo é de alta qualidade. Só tem craques!
Mas tem um defeito, troca o jogo coletivo pelo individual.
Cada jogador se acha o melhor do mundo. Faz jogadas de efeito, para impressionar a torcida, nem sempre acerta.
O centroavante Marco Aurélio é um exemplo, pois tentou fazer uma jogada impossível: bater o escanteio e ele mesmo fazer o gol de cabeça. Fracassou, errou feio, pisou na bola.  Esta jogada nem Pelé conseguiu...

Outro jogador individualista é o zagueiro Lewandowski, que 
pensa ser o velho Domingos da Guia, que com sua classe, 
saía driblando na área.
A especialidade do zagueiro Ricardo Lewandowski é fazer 
gol contra, aos 45 minutos do segundo tempo. Mas sempre 
contra o Brasil!

Os membros do Supremo Tribunal Federal, pela sua capacidade intelectual, deveriam jogar futebol, marcando apenas gol de letra...
ISSO PODE, ARNALDO????

Givaldo Soares

terça-feira, 18 de dezembro de 2018

O GALO DE CAMPINA DO ALTO DA CANDELÁRIA




Às 4h30min da manhã, ele acorda e começa seu belo canto, um recital para saudar o raiar do dia. Ele não perde o horário.
Onde mora? Por que canta no mesmo cajueiro, com tanta beleza?
Ele não trabalha, não tem salário, nem obrigações sociais.
Não tem ideologia, nem faz guerra.
Ele usa seu canto, para saudar a natureza e dar um exemplo de paz aos homens de boa vontade.
Meu pai, Antônio Joaquim da Silva, era um apaixonado pelo seu canto e afirmava: - Um bom galo de campina ao cantar diz: Padre, Filho e Espírito Santo!
Ao ouvir seu canto lembro-me do meu pai.
Dedico este pequeno texto à Maria Clara, minha neta, que vai nascer no próximo ano.
Espero que, no futuro, ao clarear do dia, eu possa ouvir o canto do galo de campina, do Alto da Candelária, em sua companhia!
Givaldo Soares

quarta-feira, 24 de outubro de 2018

DR. MURILO BARROS – ÍCONE DA MEDICINA POTIGUAR


Entrevista concedida pelo Dr. Murilo Barros, em 21.10.18, ao Dr. Givaldo Soares, ícone da Odontologia Potiguar, Presidente da Confraria da Amizade, e insigne cambista do Jogo do Bicho, na paradisíaca cidade de Lagoa dos Gatos.

1.          Fale um pouco da sua família e da sua infância em Mulungu.

- Minha família era composta de 13 irmãos, mas 03 não vingaram, pois Maria e Peri morreram na primeira infância, de gastroenterite; Sandoval morreu de um susto: - Um cachorro chamado Tupan, perseguindo uma galinha, pulou por cima da rede onde ele dormia; a galinha aos gritos, e Tupan latindo; Sandoval – quatro meses de idade – assustou-se e chorou até morrer, 02 dias depois.
Criaram-se 10: Aymoré, (Ei-eia), José (Bebé), Osvaldo (Nanã), Isa (Didia), Elsa (Maninha), Leonor (Madrinha), Stela (Nego veio), Leonardo (Tijubina), Robério (Seu Vigário) e Eu (Meleca) - os apelidos faziam parte da cultura da época.
Morávamos no Sítio Condor, a 800m de altitude, na Serra de Baturité/CE.
        A casa tinha uma porta e duas janelas de frente, era de telha-vã e piso de terra batida. A escola mais próxima ficava a 03 léguas de distância, e só os irmãos mais velhos a frequentavam. Os outros foram alfabetizados em casa, pelos mais velhos.
        Contam que numa noite, todos deitados e as lamparinas apagadas, eu, aos 03 anos de idade abri o berreiro: - tai, tai, tudo dormindo e eu não!!   Foi uma risada geral, mamãe tirou-me da rede, e dormi ao seu lado na cama. Dias depois, com todos sentados à volta da sala, ouviam uma das irmãs ler o romance Romeu e Julieta. Eu saí da minha cadeira e, no meio da sala, tirei a roupa e anunciei: (Tai, tai, tudo vestido e eu nu!)  Minha mãe tirou a chinela e eu fui dormir com a bunda ardendo...

2.          Onde você fez seus estudos secundários?
      
      - Fui alfabetizado em casa, quando fui morar em Baturité, Dona Belarmina Campos em 03 meses me deu atestado do curso primário. O que me permitiu fazer o exame de admissão ao ginásio. Cursei os 03 primeiros anos no ginásio Domingos Sávio, em Baturité. O 4º e último ano cursei no colégio Lourenço Filho, em Fortaleza. Colei grau de Bacharel em Ciências e Letras – Avalie só – no dia 23.12.1945. A turma foi denominada Força Expedicionária Brasileira, em homenagem aos pracinhas brasileiros que voltaram da Itália cobertos de lama e glória.
O curso científico fiz em Fortaleza, no Colégio Lourenço Filho. Isto foi em 1948, um dos anos mais atribulados dos 90 que tenho vivido. Primeiro, fui preso por quebrar os bondes de Fortaleza. Fui expulso do Centro Preparatório de Oficiais da Reserva do Exército – CPOR - por subversão. Fui aprovado no vestibular de Medicina, da Faculdade do Ceará, mas a 14ª Região Militar, através do ofício secreto número 01, proibiu a minha matrícula. Aconselhado pelo Secretário, Dr. José Carlos Ribeiro, arribei para Recife.

3.       Por que fez opção pelo curso de Medicina em Recife?

- Quando a minha aprovação no vestibular de Fortaleza foi publicada, eu fui me matricular depois de um fim de semana de comemoração. O Dr. José Carlos Ribeiro, Secretário da Faculdade, disse que não podia me matricular porque o Exército fecharia a Faculdade. 
E concluiu: - Entre você e a Faculdade, optamos pela Faculdade.           
E completou:  - Quer um conselho? Se quer ser médico vá embora daqui.
Só existia Faculdade de Medicina em Belém do Pará, Recife, Salvador e no sul do País. Recife era a mais viável.  Mas precisava de dinheiro. Passei a vender bordados, e montei um sistema de vendas pelo correio, em sociedade com meu irmão, Aymoré, que morava em São Paulo.
Apurei 12 contos de reis que, pelos meus cálculos, dava para financiar os 03 primeiros anos em Recife.

4.           Como era Recife nessa época, no plano social e político?

- A minha chegada em Recife foi um choque. Foi lá que percebi que Fortaleza não era a maior e melhor cidade do mundo.  Recife se localiza onde os rios Beberibe e Capiberibe se juntam para formar o Oceano Atlântico.
Lá, naquela época, quem não era Coutinho era coitado; quem não era Cavalcante era cavalgado e quem não era Marques era marcado.
Os Recifenses eram socialmente impenetráveis. Não nos discriminavam no convívio acadêmico, mas não admitiam o menor relacionamento social ou familiar. Das centenas de colegas recifenses com quem convivi, em 06 anos, só frequentei a casa de uma colega que eu ajudava nas provas, e que lá pelas tantas passou a amenizar a minha solidão.
Politicamente havia muita efervescência, pois era ano eleitoral. Por conta da federalização da Faculdade, o vestibular atrasou e só foi realizado em fevereiro. Os candidatos reprovados nos outros Estados correram para lá, o que fez com que houvesse mais de mil candidatos...
Eram 125 vagas, passaram 250. Como era ano eleitoral, e no Brasil criou-se a figura do Excedente de Medicina, salomonicamente criou-se uma turma noturna, os professores recebiam em dobro e viva o Brasil!
No 2º ano não tinha eleição, não houve verba para a 2ª turma, juntaram-se todos, incluindo-se aí os reprovados das turmas anteriores, o que dava um total de 333. O Professor Bezerra Coutinho, nos recepcionou dizendo: - Os senhores são a metade da besta fera!  Ao que meu colega China rebateu baixinho - E o senhor é a outra metade!  Em uma sala projetada para 40 alunos espremiam-se os que chegavam primeiro.

5.          Em que ano você concluiu o Curso de Medicina? E por que fez opção pelo RN?


 - Colei grau no Teatro Santa Isabel, na tarde do dia 08.12.1955. E, engraçado, eu não sabia que na solenidade de colação de grau o doutorando tinha que apresentar o anel, e o padrinho colocava no dedo anular esquerdo do diplomado. Como a chamada era pelo número da matrícula e a minha era antes de Araken, pedi o anel dele emprestado. Quando voltei com o anel dele no dedo me neguei a devolver. Só entreguei quando o paraninfo repetiu a chamada. Presepada até na formatura... A opção pelo RN se deu quando eu estava no Rio de Janeiro, fazendo o curso de Sanitarista, no Ministério de Saúde, e a especialização em Ginecologia, no Hospital Moncorvo Filho, e recebi um telefonema de um senhor, que se identificou como Deputado Federal Eider Varela, amigo de meu cunhado, Dr. Etelvino Cunha. Disse-me ele que tinha construído um hospital maternidade em Ceará-Mirim, e precisava de alguém para dirigi-lo. Expliquei que era funcionário do governo da Paraíba, estava me especializando no Rio de Janeiro por conta do Estado, e que iria expor o caso aos meus superiores e, se eles me liberassem, eu aceitaria. Ele então propôs que, antes disso, fosse a Ceara-Mirim para saber ao certo se me convinha. Foi o que fiz, e meu amigo de sempre, Wilson Braga, Deputado que me levou para Paraíba não fez a menor objeção. Dirigi o hospital maternidade de Ceará-Mirim por 17 anos, realizei 1.208 intervenções cirúrgicas, fiz mais de 10.400 partos e batizei 221 afilhados.

6. Fale um pouco de sua vida universitária como professor de Ginecologia e Obstetrícia.

- No início, a Clínica Ginecológica funcionava em uma enfermaria do Hospital Miguel Couto, hoje Hospital Universitário Onofre Lopes. O Catedrático era o Professor Etelvino Cunha e os assistentes eram, além deste escriba, o Dr. William Pinheiro, que se intitulava Chefe de Clínica, e que cuidava da parte burocrática, pouco atuando no atendimento clínico e na parte científica. A Doutora Zebina Ventura chefiava o Laboratório de Citologia e eu tocava a parte cirúrgica. As doutoras Dalila Leal e Celli Carvalho cuidavam do ambulatório e da enfermaria. Era um trabalho prazeroso, pois o Professor Etelvino dirigia tudo com zelo e proficiência, fazendo uma seção semanal de Análise de caso e, mensalmente, um balanço geral dos trabalhos.

7.       Como é chegar aos noventa anos lúcido e feliz? Qual é o segredo?

- A lucidez pode se atribuir à genética, ao hábito da leitura e a permanente atividade intelectual. Mas isto é tudo muito subjetivo. Quanto à felicidade, creio que, no meu caso, depende da capacidade de fazer o BEM e a de evitar fazer o MAL. Digo isto porque hoje, aos 90 anos, o que me alegra é recordar o BEM que pude fazer e o que me entristece é o MAL que não consegui evitar.

8. O mundo atravessa uma situação dramática, muitos avanços tecnológicos e atrasos humanitários, como a guerra e a violência de toda ordem. Como você vê esta questão?

 - Se analisarmos estatisticamente a coisa muda de figura. Quando CAIM matou ABEL, qual o percentual da humanidade que ele destruiu? E a 2ª guerra mundial qual o percentual de mortos?  Também temos de considerar que, com a universalidade da comunicação, até uma queda de bicicleta na Cochinchina chega ao nosso conhecimento. Além do mais, a violência faz parte do nosso DNA. Lembro agora da cena final de Guerra do Fim do Mundo, sobre a campanha de CANUDOS, onde um garoto de 10 anos, do alto do morro da Favela, com um fuzil a tiracolo, observa os 05 últimos resistentes do Conselheiro serem assassinados pelas forças legalistas. Tristonho ele proclamou: - Tem jeito não, enquanto existirem dois homens, um tem que matar o outro tem que morrer.

9.          Você transformou o hospital de Ceará-Mirim em uma verdadeira Universidade, orientando muitos jovens. Lembra o nome de alguns?

- Lembro de todos; agora, na hora de citar os nomes sempre se corre o risco da omissão.  Uns, porque se distanciaram por injunções da vida, mas aqui e acolá vem-me à lembrança alguém que pensava ter esquecido. Todos venceram na vida, e nenhum esqueceu a lição mais importante que procurei transmitir: - Nunca transforme o ALTAR da Medicina em balcão de feira livre.

10.   Além de Medicina, você teve uma participação política, exercendo o cargo de Prefeito de Ceará-Mirim. Como foi essa experiência?

 - Eu trabalhava há 12 anos em Ceará-Mirim. Em 1968, fui procurado pelo Vice-Prefeito, Manuel Sobral e pelo decano dos vereadores, Antão Barreto, que me convidaram para ser candidato a Prefeito. De pronto, recusei; disse que não era político, não gostava de política etc.  Eles contra argumentaram: - O senhor vive falando que os políticos não fazem nada pela saúde e educação do município. Estamos lhe oferecendo a oportunidade de fazer. Foi um baque! Respirei fundo e respondi:       - Se é um desafio, eu aceito! Selou-se a minha sorte. Das 43 urnas, só perdi na urna do feudo do meu adversário.
        Quando assumi, Ceará-Mirim tinha 15 escolas, onde estudavam 700 alunos. Quando encerrei o mandato tinha 4.000 alunos estudando em 43 escolas.
        Quando meu sucessor assumiu, fechou a maioria das escolas, mas justiça se faça, a 1ª que ele fechou tinha o nome de um tio dele. Criei o serviço de saúde do município e, com uma kombi odontológica doada por Dix-Huit Rosado, através do INCRA, mantinha em funcionamento 10 Mini Postos de saúde pelo interior do município.

11 - O Presidente da Câmara, na época, era seu amigo-irmão Murilo Pinto. Fale um pouco desta grande figura da Odontologia do RN.


        - Quando assumi a direção do HMCM, Murilo Pinto era o responsável pelo setor Odontológico. A sinergia foi imediata! Tornei-me Médico da família dele e, juntos, tocamos a Saúde do município. Fiz o parto de sua última filha, que hoje é minha nora. Sempre vi em Murilo Pinto a capacidade didática inata que gera os grandes professores. Quando se falou na federalização da Faculdade de Odontologia, os amigos mais próximos, comandados por sua esposa, Stela Pinto, pressionamos para que ele aceitasse o convite que recebera de um dos professores, para assumir o posto de Professor Assistente. Ele relutava porque sempre procurava esconder sua alta capacidade pedagógica.
Foi político por injunções familiares e sociais. Foi Vereador por 10 anos, sempre usando o mandato em prol do município, procurando apaziguar os mais radicais, e contribuindo sempre para a paz da família Ceará-Mirinense. No último ano do meu mandato de Prefeito, tentei por todos os meios fazê-lo aceitar ser candidato. Ele nunca aceitou, mesmo diante da alta probabilidade de ser candidato único. O poder não o seduzia.

12.           O Dalai Lama escreveu um livro recente conclamando os jovens a uma revolução ética e humanitária no século 21. Como médico quais os concelhos que você daria aos jovens da atualidade.

 - Com todo o respeito que o Dalai merece, discordo do foco da questão: - A dinâmica sociológica demonstra que o comportamento ético-humanitário de uma geração, é formado pelo exemplo da geração anterior. Como é que você pode exigir de um jovem que se comporte dentro dos limites da boa educação, quando ele vê exatamente o contrário ser praticado pelos mais velhos? A televisão, o rádio e as redes sociais que podem servir de exemplo, fazem exatamente o contrário. Os artistas de novela, não se sentam, se jogam em cima da cadeira, de preferência com os pés em cima do acento. É comum apresentador de TV limpar o nariz em público.  E por aí vai...  Como é que você quer que o jovem faça uma revolução ética-humanitária, se a geração atual, pratica, prega e enaltece a violência, a sensualidade, a ambição, a corrupção e o desrespeito?  
        É muito fácil ser casto, honesto e pacífico dentro de um convento ou numa comunidade do Himalaia. Difícil é ser tudo isto no meio em que vivemos, lutando 24 horas por dia para sobreviver!

è O jovem Murilo Barros, na Praia de Muriú, com a sua afilhada, Patrícia Cristina Aragão, filha do Médico, Dr. José Maria Aragão.

terça-feira, 21 de agosto de 2018

EU SOU O SAMBA! EU SOU O FUTEBOL! NÓS SOMOS O BRASIL!


Diz o samba: - Sou africano, cheguei ao Brasil há muitos séculos, em navios negreiros, a serviço da escravidão. Foi duro, houve choro e ranger de dentes. Trabalhei sem renumeração, massacrado, humilhado e ofendido, como em “os miseráveis”, de Victor Hugo. Foi a fé no candomblé e a cultura que me salvaram.
Cantávamos, dançávamos a capoeira para não enlouquecer e não esquecer as raízes africanas.
Depois veio a "libertação", fui para a Bahia e depois para o Rio de Janeiro, meu berço original. Lá ocupei os morros, as favelas e os botecos, onde me apresentaram a feijoada e a cachaça. Formamos um trio de ouro de nossa cultura e de nossas festas, e aí foi fácil conquistar os salões, as avenidas e a burguesia.
Hoje, sou o maior espetáculo da terra, juntamente com os desfiles das escolas de samba.
O samba pergunta ao futebol: - De onde você veio com tanto orgulho?
- Vim da Europa, sou filho de um país orgulhoso e que já dominou o mundo: a Inglaterra.
- E como você chegou ao Brasil? Também nos navios negreiros?
- Não. Cheguei em 1894, a bordo de um navio luxuoso de cruzeiro, por iniciativa de um estudante brasileiro, filho de Ingleses, chamado Charles Miller. Trouxe a bola e as regras do jogo. Espalhei na elite paulista e inglesa, residentes nessa época em São Paulo.
- E o primeiro jogo, como foi? - Foi na Várzea do Carmo, em São Paulo. Você não era nem nascido, diz o futebol.
O samba protesta: - Eu já existia na alma dos brasileiros, com o maxixe, o miudinho e o olodum, quando aqui cheguei com a escravidão. Fiquei escondido nas senzalas e só em 1917 resolvi mostrar a minha cara, com o samba de Donga "Pelo telefone". Logo fui chamado pelo Chefe de Polícia para dar explicações. Mas, malandro velho, lá não fui!
- Como você tomou conta do Brasil? - Foi fácil. Saímos de São Paulo e fomos para o Rio de Janeiro, depois tomamos conta do Brasil. É bom frisar que o jogo nesta época pertencia só à elite, depois chegou ao povo e surgiram os campos de pelada nas várzeas de todo o Brasil.
- Houve preconceito contra vocês?  Pergunta a música. - Sim. Houve, da mesma maneira que houve com você. Existia uma lei da vadiagem, pela qual era punido quem jogava bola nas ruas ou tocava violão à noite, tomando cachaça, principalmente os pretos.
Quanto ao preconceito é bom citar Albert Einstein, que disse: - É mais fácil quebrar um átomo do que um preconceito.
A música faz um desafio ao futebol: Pede que ele faça um comparativo em relação à sua glória.
O futebol não se faz de rogado e diz que sua glória não cabe nem em um livro.
- Fui cinco vezes campeão do mundo. Ganhei meu primeiro jogo internacional em 1914. Depois fui campeão Sul-americano de 1919 e 1922. Meu primeiro ídolo foi um mulato, chamado Artur Friedenreich, filho de um Alemão com uma mulher negra do Brasil.
Depois de tanta banca a música propõe que se tire a dúvida de quem foi mais importante para o Brasil, em “uma linha do tempo”, de 1930 a 1970.
A música resolveu mostrar todos os seus valores, procurando assim humilhar o futebol. Lembra que de 1930 a 1950 foi sua época de ouro, e mostra ao futebol seus compositores, letristas e instrumentistas: Ari Barroso, Orestes Barbosa, Noel Rosa, Lamartine Babo, João de Barros, Mário Reis, Sílvio Caldas, Orlando Silva, Carlos Galhardo, Carmem Miranda, Luís Americano, Benedito Lacerda, Dante Santoro, Luperce Miranda e Pixinguinha (Alfredo da Rocha Viana).
O futebol reconhece seus erros e faz uma autocrítica: - Não fomos bem nas Copas de 30 e 34. Partimos para a primeira Copa com jogadores cariocas e apenas um paulista. Fomos desorganizados e perdemos. Na Copa de 34, a disputa entre Rio e São Paulo agravou-se, em virtude do profissionalismo que não foi aceito por todos.
Mas, em 1938, começamos a mostrar nosso valor na França, com o desempenho de Leônidas da Silva, que foi o melhor jogador e artilheiro da Copa, com sete gols. Foi considerado “homem borracha” e o melhor executor da bicicleta, uma jogada criada por Petronilo. Podemos citar também Domingos da Guia, conhecido como o “divino mestre”, que jogou no Brasil, no Uruguai e na Argentina. Nesta época, se destacaram outros valores do futebol brasileiro.
A música retruca: - Nós somos mais criativos que vocês. Temos o choro, nosso pai-avô. O baião, a música nordestina, a bossa nova e o tropicalismo. Tudo isso, de certo modo com influência do samba.
O futebol lembra à música: - No período de 12 anos, de 1958 a 1970, em que fui três vezes campeão do mundo, nenhum outro país conseguiu essa façanha.
Mas a música lembra ao futebol: - Ao meu lado está o carnaval, que é a maior festa do Brasil, e talvez do mundo. Com os trios elétricos e o olodum na Bahia, o frevo em Pernambuco e o samba no Rio de Janeiro.
Mas, o futebol não se dá por vencido, e lembra à música um fato de grande expressão: a popularidade de Pelé, considerado o melhor jogador do mundo. Mais popular que o próprio Papa.
A música ri e lembra ao futebol que uma andorinha só não faz verão.
O futebol mostra a injustiça dessa expressão e lembra à música que não era apenas uma andorinha. Eram muitas: Didi, Zizinho, Domingos da Guia, Leônidas da Silva e Garrincha. Lembra também um fato histórico pouco conhecido pelos brasileiros: Pelé e Garrincha, jogando juntos na seleção disputaram 40 partidas e nunca perderam.
O choro, avô do samba, que é o gênero musical mais velho, preocupado com as divergências entre o samba e o futebol, faz um apelo dramático (quase chorando), lembrando que os dois são as maiores expressões culturais nossas, que colocaram o Brasil no topo do mundo.
O choro propõe uma trégua e pede a Valdir Azevedo para executar o choro de Pixinguinha “1x0”, que foi composto para homenagear os campeões sul-americanos de 1919. E propõe também um jogo simbólico entre a música e o futebol. Uma pelada, com muita cachaça, uma roda de samba e feijoada.
O choro assume o compromisso de apitar a partida e ainda levar as pastoras de Ataulfo Alves, as mulatas e as “marias chuteiras” de todo o mundo.
O time do futebol brasileiro entra em campo com a seguinte formação: Gilmar, Djalma Santos, Mauro, Nilton Santos, Zito, Clodoaldo, Didi, Garrincha, Zizinho, Pelé  e Canhoteiro.
O time da música brasileira era composto por João Gilberto, Ataulfo Alves,  Noel Rosa, Pixinguinha, João da Baiana, Ari Barroso, Tom Jobim, Orestes Barbosa,  Sílvio Caldas, Orlando Silva e Villas Lobos.
O choro reconhece, com tristeza, que no momento tanto a Música Popular Brasileira como o futebol não atravessam um bom momento. 
Mas lembra: - O samba e o futebol agonizam, mas não morrem!

Givaldo Soares
(Cirurgião Dentista)


quinta-feira, 1 de fevereiro de 2018

A ELITE POLÍTICA E AS REFORMAS ESTRUTURAIS



Quando olhamos a elite política do Brasil de hoje, e comparamos com a dos anos 50, temos a dimensão do nosso problema, para fazer as reformas estruturais de que o Brasil precisa.
Nos anos 50, a elite política era composta de: Getúlio Vargas; Juscelino Kubitschek; Carlos Lacerda; Santiago Dantas; Afonso Arino de Melo Franco; Milton Campos; Franco Montoro; Luís Carlos Prestes; Plínio Salgado; Agamenon Magalhães; Etelvino Lins; Tancredo Neves; Oswaldo Aranha; Otávio Mangabeira, Roberto de Oliveira Campos, Aluízio Alves e Djalma Marinho.
Esta elite intelectual e política estava agrupada em três principais partidos: União Democrática Nacional/UDN, Partido Social Democrático/PSD e Partido Trabalhista Brasileiro/PTB.
A Revolução de 1964, feriu de morte a democracia brasileira, quando extinguiu todos os partidos políticos, e criou um bipartidarismo. Na lógica dos generais, era mais fácil manipular o poder com menos partidos.
Infelizmente, a democracia brasileira nunca mais foi a mesma. Hoje, temos trinta e cinco partidos, sendo trinta de aluguel...
Esta reflexão sobre a elite política dos anos 50, vem da necessidade de uma reforma e projeto de longo prazo para o Brasil, e que ainda não foi realizado.
Mas como realizar esse sonho? Com: José Sarney; Lula da Silva; José Dirceu; José Genuíno; Romero Jucá; Henrique Alves; Sérgio Cabral; Michel Temer; Moreira Franco; Robson Farias; Raimundo Padilha; Aécio Neves; Renan Calheiros, Eduardo Cunha e Fernando Collor de Melo?
Para reformar o País, além de uma elite política de alto nível, precisamos de uma visão de mundo mais pragmática e menos ideológica, pois só assim poderemos fugir do populismo político que arrasou a América Latina.
Eis os países que deram certo na Europa do pós-guerra: Na Alemanha, com Konrad Adenauer; na França, General Charles de Gaulle; na Inglaterra, Winston Churchill - exemplo até hoje, com sua vitória contra os nazistas.
Outros exemplos são: a Coréia do Sul e o Japão, com destaque para a China, país subdesenvolvido e faminto em 1949, quando Mao-Tse-Tung assumiu o poder, sendo hoje, a segunda potência do mundo, graças às reformas realizadas por Deng Xiao-Ping, que fez as quatro modernizações, em 1980.
Para não entrar em outras considerações, vejam este exemplo emblemático: Em 1972, o PIB do Brasil era um pouco superior ao da China. Eis, hoje, a situação dos dois países em termos do PIB: China - 11,2 trilhões; Brasil - 1,796 trilhões, dados de 2016.
Agora, que o mundo entra na economia digital, onde predominam: a inteligência artificial; a pesquisa pura e aplicada; a inovação; a produtividade; o planejamento e a gestão, o Brasil precisa acordar para não ficar para trás, como está ocorrendo hoje.
Precisamos desmentir o sociólogo Francês/Belga Claude Lévi Strauss, que disse:
- O Brasil vai sair da barbárie para a decadência, sem conhecer a civilização!
Givaldo Soares
Cidadão Brasileiro - Cirurgião Dentista

terça-feira, 16 de janeiro de 2018

Turma Sambaqui-Jubileu de Ouro e Homenagem à Dra. Marluce


JUBILEU  DE  OURO:   1967   /   2017

TURMA  SAMBAQUI  (OU BELÉM-BRASÍLIA)


A Odontologia é uma profissão nobre. Não é fácil exercê-la!

Ela se afastou da Medicina, tornando-se independente.

Como toda especialidade medica, ela considera o homem na sua totalidade.

O Cirurgião Dentista é responsável pelo sistema mastigatório, que participa de várias funções essenciais à vida.

Mas, como disse o poeta Paulo Mendes Campos:
O homem é cabeça, tronco e membros. Só depois vêm as preocupações do espírito.

Portanto, em Medicina e Odontologia, o homem nunca pode ser considerado pela parte e sim, pelo todo.

O sistema mastigatório participa de várias funções inerentes à própria vida, e também às coisas ligadas aos aspectos espirituais e emocionais. O homem é um todo!

A mastigação, fonação, deglutição e respiração mantêm os seres vivos.

Já a expressão facial, o sorriso, o olhar e a linguagem, dizem respeito também à vida de relação e às questões emocionais e espirituais.

Não devemos esquecer a dor, a tristeza, a alegria e o sorriso, que o homem usa para conquistar e se relacionar com o outro.

A expressão facial é, talvez, o lado mais expressivo do ser humano. Por isso, o rosto é a expressão da alma!

Como a arte, que também imita a vida, tudo isso representado pelo sorriso de Monalisa, de Leonardo da Vinci.  

Comemoramos o Jubileu de Ouro de nossa formatura!

Não devemos esquecer os nossos mestres que, no passado, dedicaram suas respectivas vidas à nossa profissão.

Não devemos esquecer Manuel Cavalcante de Melo, primeiro Dentista a exercer a profissão no Rio Grande do Norte, em 1901.

Solon de Miranda Galvão e Clidenor Lago, pioneiros da atividade odontológica em Natal, em 1910; Dr. Francisco Ramalho, pernambucano de São José do Egito. 

Foi um dos fundadores da Associação Odontológica do RN e seu primeiro Presidente, em 27/09/1930.

Agradecemos a Luís Soares de Araújo, Professor Assuense, que lançou a ideia da criação da Faculdade de Odontologia, em 1945.

Devemos lembrar também José Cavalcante de Melo e Alberto Moreira Campos, fundadores da Faculdade de Odontologia, que começou a funcionar em 1949, formou a primeira turma em 1951, com 10 homens e 04 mulheres.

Destaque para o Dr. Fernando Dantas de Resende, que dedicou sua vida à Odontologia; foi Secretário durante 46 anos da Associação Brasileira de Odontologia do RN.

Como esquecer Clemente Galvão Neto, Solon Galvão Filho, Rosalvo Pinheiro Galvão e Joaquim Guilherme? 
A todos os Professores os nossos agradecimentos.

Mas não podemos esquecer também dos nossos colegas que compareceram ao Hotel Parque da Costeira, para um jantar e as comemorações cheias de emoções e saudades.

Todos já envelhecidos e com cabelos brancos, mas com o entusiasmo da juventude, relembrando fatos que ocorreram há 50 anos, provando que a memória é uma das expressões básicas do ser humano. As mulheres todas lindas, como há cinquenta anos.

Um momento não de tristeza, mas de recordação, quando o Padre José Campos, na hora da missa, anunciou o nome daqueles que não puderam comparecer, em virtude de já estarem na presença de Deus.

Como preito de saudade e de respeito à memória deles, citaremos seus nomes:
Cícero Figueiredo de S. Sobrinho; Cleide Miriam de Oliveira; Edvaldo Camilo da Silva; Elzenir Bezerra Peixoto; Gileno Bezerra Feitosa; Joaquim Francisco de Assis; José Augusto da Silva Filho; Marco Aurélio Gonzaga de Souza; Maria Carlos de Araújo; Maria da Salete Batista Teixeira e Raimunda Maria da Silva.

Um agradecimento especial ao fotógrafo Fred Galvão, que com grande profissionalismo, cobriu toda a solenidade com belas fotografias.

Como a festa deixou muitas saudades, é bom lembrar o Poeta Severino Pinto do Monteiro:

Esta palavra saudade

Conheço desde criança.

Saudade de amor ausente

não é saudade é lembrança.

Saudade só é saudade

Quando morre a esperança.

(Givaldo Soares)

HOMENAGEM À DRA. MARIA MARLUCE DE SOUZA

Marluce sempre foi uma figura querida na nossa turma. 
Depois de nossa formatura em 14/12/67, ela sempre se preocupou em reunir o grupo a cada ano, para evitar uma dispersão. 
Assim, chegamos ao Jubileu de Ouro, e ela sempre à frente.
Esta entrevista é uma pequena homenagem à sua grandeza e dedicação.

    1) Como foi sua infância e seus estudos iniciais?
-  A minha infância foi igual a cem mil outras da minha época. Recebi educação de meus pais em casa, junto aos meus 4 irmãos:


Fui sempre muito tímida e sensível. Chorava com facilidade quando algum desejo não era realizado.
Recebi instrução nas escolas: – Externato São Luiz – de Padre Eimar: Curso Primário;  – Colégio Nossa Senhora das Neves: Curso Ginasial;  – Colégio Estadual do Atheneu Norte-Rio-Grandense: Curso Cientifico.

   2) Quando e por que, você fez opção pela Odontologia?
      - Nunca pensei em ser Dentista. Morria de medo deles! Pensava em fazer Medicina ou Pedagogia. Achei que não estava preparada para prestar vestibular, pois acabava de concluir o curso cientifico. Mesmo assim, me inscrevi para Medicina, Farmácia e Odontologia, pois na época podíamos fazer mais de um vestibular. Tive sorte. Passei em 11º lugar em Farmácia, 12º em Odontologia e em Medicina não fui aprovada, por 1 ponto em Física. Para não perder 1 ano, resolvi me matricular em Odontologia, e frequentar um curso pré-vestibular para tentar Medicina no ano seguinte. Com 4 meses de curso de Odontologia, foi que percebi que estava no lugar certo. Desisti de Medicina e optei por Odontologia. Não me arrependi. Sou realizada profissionalmente.

    3)  A participação das mulheres nas entidades de classe é muito pequena e na atividade política também.  No Conselho Regional de Odontologia estão inscritas, hoje, 2.147 mulheres e 1.613 homens. Como você vê a participação feminina nas várias atividades profissionais e políticas?
     - A mulher atual quebrou o tabu de ser feita apenas para o lar. Sem perder a feminilidade, ela participa também da vida pública, e provou que é capaz de exercer profissões e cargos que, há bem pouco, eram privilégio dos homens. Portanto, vejo a presença da mulher, não só no exercício da Odontologia, mas em outras profissões, como uma confirmação do avanço cultural e técnico, e a satisfação de contribuir para o bem da humanidade.

     4) Nossa turma se destacou na política cultural e na participação esportiva. Foi tetra campeã dos jogos olímpicos universitários, em 1966. Fale um pouco desse momento e dos atletas mais destacados.
    - Em 1966, a Odontologia foi tetra campeão dos Jogos Olímpicos Universitários. Inesquecível!  Para a nossa turma foi motivo de muito orgulho, pois 80% dos atletas pertenciam a nossa turma. Citarei algumas modalidades e alguns atletas que se destacaram. Impossível citar todos...
- Atletismo: -  Elzenir e Moacir;
- Basquetebol: -  José Wilson e Ícaro;
- Futebol de Campo (Poeira):  - Givaldo e Guerra;
- Futebol de Salão:  - Múcio (Goleiro);
- Tênis de Mesa: -  Inezinha, Clésia e Glécio;
- Voleibol: -  Gilberto, Licélia, Ediuza e Zélia Martins.

      5) Ao término do curso, onde você exerceu a profissão odontológica? No serviço público, na iniciativa privada ou no magistério?
      - Conclui o Curso de Odontologia em 1967. Em 1968, fui estagiária na Disciplina de Prótese, com o saudoso Professor Rosalvo Galvão, e atendia em meu consultório particular. Em 1974, fui para o Rio de Janeiro, a convite de um colega para atuar em sua Rede de Clínicas Odontológicas, onde permaneci até 1978, quando retornei a Natal para assumir a função de Dentista, na Secretaria Estadual de Saúde Pública, e reassumi o meu consultório. Em 1983, fui convidada para ser Dentista no CLBI – Centro de Lançamento de Foguetes da Barreira do Inferno, até 1987. Na despedida, fui agraciada com uma comenda por bons serviços prestados.
Nas horas que sobravam, estava sempre no meu consultório particular, atendendo aos que me procuravam e acreditavam no meu trabalho.


     6) Seu hobby é viajar.  Quantos países você conheceu, e o que mais lhe impressionou nessas viagens?
        – Por gostar muito de viajar, já conheci muitos países das Américas e Continentes.
  A primeira viagem ao exterior foi para a Europa, em julho de 1988. Não sei quando será a última, pois não paro. A mala está sempre pronta! Costumo voltar aos lugares de que gostei. Europa e Estados Unidos da América, já perdi as contas. Argentina 16 vezes.
 Nas Américas conheci:
 - América do Norte – Canadá, Estados Unidos e México.
-  América Central – Panamá, Caribe – Aruba, Cartagena, Cuba e Curaçao.
-  América do Sul – 7 países
Nos Continentes conheci:
- Europa: Dos quase 50 países, conheci 26. Impossível citar todos...
- Ásia: Dubai, China, Índia, Tailândia e Turquia. É tudo muito lindo!
O que mais me impressionou:  
- Caminhar na Praça da Paz Celestial e na Grande Muralha da China;  

     - Conhecer o Thaj Mahal e o Palácio dos Marajás, na Índia 
- As belezas arquitetônicas, nas estações do Metrô e na Catedral de São Basílio, na Praça Vermelha, em Moscou/ Rússia; 

- Museu Hermitage e Palácio de Verão de Catarina, a Grande, em St. Petersburgo/Rússia;  

- Subir a Acrópole, em Atenas/Grécia; 

- Passar na Porta de Brandenburgo e tocar no Muro de Berlim /Alemanha.
  
    7) Em 14 de dezembro de 1967, concluímos o curso de Odontologia. Em 14/12/17 comemoramos o Jubileu de Ouro, 50 anos de nossa formatura. Como você se sentiu ao organizar esse evento com tanto êxito?
       – Não foi fácil organizar o evento, mas foi gratificante no final. Foram muitos momentos planejando. Tinha as ideias, passava para o meu caderno de anotações e, geralmente, à noite, me comunicava com os colegas, Barreto, Givaldo e Germano para saber o que eles achavam das ideias. 
Geralmente, aprovavam. Barreto sempre dizia: - Vamos bater o martelo! 
Depois de aprovada a programação por vários colegas, em reunião no Nick Buffet, em 26/05/2017, iniciei a pesquisa por: hotel; Padre para celebrar a missa; músicos para animar a festa; fotógrafo etc. etc.
No final, tudo deu certo!! 

Senti-me muito orgulhosa com o êxito do evento e o reconhecimento pelos colegas e familiares. Falhas devem ter acontecido, mas não chegaram a atingir o brilho de nossa festa. Peço desculpas!
Agradeço aos colegas e familiares que acreditaram em mim, comparecendo ao evento.
Aproveito a oportunidade para agradecer a Janete Soares, esposa do colega Givaldo, pelo apoio nas horas que dela necessitei. 


Colaborador da entrevista: Dr. Givaldo Soares