sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

ODONTOLOGIA: 45 ANOS DEPOIS!!!












Foi um reencontro maravilhoso, inesquecível!

O local: Iate Clube de Natal, com sua visão panorâmica e deslumbrante.

O motivo: A comemoração dos 45 anos da formatura em Odontologia da turma “Júlio Sambaqui” {1967}.

Não dá para registrar em palavras a emoção do reencontro.  Muitos não puderam comparecer em virtude do chamamento divino, mas eles estiveram presentes de forma espiritual.

A vitória maior é de Marluce de Souza, “Tutula”, que há 45 anos organiza de forma impecável a nossa festa - a dedicação é tão grande que ela esqueceu até o casamento.

Do Rio Grande do Sul a surpresa maior foi a presença de Eneida Tavares, a eterna musa da turma, que emocionou a todos, lendo um texto sobre á amizade.

De Brasília veio a rainha do cerrado, Licélia Trigueiro, que encantou a todos com sua alegria.

O representante de Martins foi o Moacir, grande poeta da turma.

Estava presente também Luís de Vasconcelos Leite. Fundador do Sindicato dos Dentistas e da Uniodonto. Uma expressiva contribuição à Odontologia do Rio Grande do Norte.

O quarteto que brilhou na festa era formado pelo coronel Chico Barros, o professor Ocilene Guedes José Barreto e Antônio Bezerra, que ofuscavam a todos com sua alegria.

Faltou o amigo José Wilson da Rocha, que estava em São Paulo e não pôde comparecer - era um dos membros do famoso grupo “Os Cafajestes”.

Outros colegas foram lembrados, como: Múcio Pereira, Grindélia Diniz, Chop Chop, o famoso Hermenegildo e William Saraiva, hoje, clinicando nos Estados Unidos da América.

Algumas ausências foram lamentadas: Valmir Guerra, Vicente de Paula. José Guimarães Moreira, Gileno Bezerra e Ícaro.

Um lembrete especial aos nossos professores, muitos já desaparecidos. Como esquecer as aulas de José Nunes Cabral e Solon Galvão Filho?, Mestres da palavra e do saber.
 Como ignorar o trabalho de Odilon de Amorim Garcia, Clemente Galvão Neto e Rosalvo Pinheiro Galvão, Joaquim Guilherme e muitos outros professores. A eles os nossos agradecimentos e reconhecimentos.

A nossa colega do Rio Grande do Sul, Eneida Tavares, leu um texto sobre     “A amizade e a Saudade”, que dizia muito a respeito da nossa turma, poi muitos colegas já faleceram.

Em memória, e com todo o respeito e saudade, lembro o nome de cada um:            
- Cícero Figueiredo; 
- Cleide Maria de Oliveira;                    
 - Edvaldo Camilo da Silva; 
- Elzenir Bezerra Peixoto;                    
- Joaquim Francisco de Assis; 
- José Augusto da Silva;                    
- Marco Aurélio de Souza; 
- Maria da Salete Batista Teixeira;              
 - Raimunda Maria da Silva.

E concluindo, a quadra do poeta popular Pinto do Monteiro, que fala com autoridade da palavra “Saudade”.

“Esta palavra saudade
conheço desde criança;
saudade de amor ausente
não é saudade, é lembrança;
saudade só é saudade
quando morre a esperança!...”

Givaldo Soares

domingo, 11 de novembro de 2012

AOS RAROS AMIGOS!




Se eu morrer antes de você, faça-me um favor:
Chore o quanto quiser, mas não brigue comigo.
Se não quiser chorar, não chore;
Se não conseguir chorar, não se preocupe;
Se tiver vontade de rir, ria;
Se alguns amigos contarem algum fato a meu respeito, ouça e acrescente sua versão;
Se me elogiarem demais, corrija o exagero.
Se me criticarem demais, defenda-me;
Se me quiserem fazer um santo, só porque morri, mostre que eu tinha um pouco de santo, mas estava longe de ser o santo que me pintam;
Se me quiserem fazer um demônio, mostre que eu talvez tivesse um pouco de demônio, mas que a vida inteira eu tentei ser bom e amigo…
E se tiver vontade de escrever alguma coisa sobre mim, diga apenas uma frase:
– “Foi meu amigo, acreditou em mim e sempre me quis por perto!”
Aí, então, derrame uma lágrima.
Eu não estarei presente para enxugá-la, mas não faz mal.
Outros amigos farão isso no meu lugar.
Gostaria de dizer para você que viva como quem sabe que vai morrer
um dia, e que morra como quem soube viver direito.
Amizade só faz sentido se traz o céu para mais perto da gente, e se inaugura aqui mesmo o seu começo.
Mas, se eu morrer antes de você, acho que não vou estranhar o céu.
Ser seu amigo já é um pedaço dele…

Chico Xavier

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

A PALAVRA




Dita, falada, ouvida e escrita, a palavra tem vida!

Às vezes, é nova, às vezes, é velha. 
Serve para negar, atacar e serve também para elogiar.

A palavra é PA e LAVRA. Palavra é trabalho, é energia!

Quantos milhões de anos de evolução foram necessários para a humanidade dominar a linguagem e falar vários idiomas...

Só a palavra salva, redime e cria. Só ela condena, humilha, mata a alma e o corpo.

A democracia é a palavra livre e solta, a ditadura é a palavra contida, aprisionada no peito e na alma. 
Sem a palavra livre, aberta e franca, o homem não existe. Não pode sequer sonhar. Pior: a palavra é diálogo e não monólogo.   É solidariedade e não solidão.

Quando Cristo diz: Amai-vos uns aos outros. Diz a palavra suprema, o amor.

A palavra é processada no cérebro, e transmitida ao mundo pela boca, como o meio supremo de comunicação desde os primórdios, quando o homem mal sabia falar.

Analisando, a palavra tem grande importância no Sistema Estomatogmático, o mais belo e complexo do ser humano. 
Ele é formado pela boca, os dentes, as articulações, sistema neuromuscular e, ainda, pelos lábios, bochechas e língua, considerando os órgãos anexos.

Este sistema tem as seguintes funções:

A mastigação, a fonação, a deglutição, a sucção e a expressão facial. 

Com este sistema o homem ri, chora, mastiga e deglute. 
Fala para expressar suas angústias, para fazer a guerra ou o amor.

O rosto, onde está localizado o sistema mastigatório abriga a expressão facial através do sorriso, do olhar e da palavra.

Givaldo Soares.

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

AINDA SOBRE O DIA DO DENTISTA




“A memória é o único paraíso do qual não podemos ser expulsos”
(Johann Richter)
Nós temos história:

A profissão odontológica perde-se na poeira do tempo... São citados achados empíricos em Odontologia no Egito, na Índia, na China, na Grécia e na América Central.

Todos eles com a finalidade de atenuar a dor, usando plantas medicinais e tenazes rudimentares para a extração de dentes.

São citadas também substituição de dentes com prótese simples e adornos para participação de festas e rituais religiosos; também limavam os dentes, alterando a sua anatomia.

A Odontologia moderna surge]iu na França com Ambroise Paré e Pierre Fauchard. 
Paré começou como barbeiro. Como se destacava na sua profissão, aos 37 anos foi aceito no Colégio de Cirurgiões de Paris, sendo um dos primeiros a estudar anatomia dos dentes e da face. 
Ele tinha preocupação com a dor, que combatia com água, vinho e vinagre.

Em 1728, Pierre Fauchard publicou o livro em dois volumes - Le chirurgien dentiste. Foi uma verdadeira revolução na Odontologia, ao ponto de Pierre Fauchard ser considerado o Pai da Odontologia Moderna.

Em 1834, surgiu em Nova Iorque a primeira sociedade de Cirurgiões Dentistas e, em 1839, foi publicado o primeiro periódico sobre a Odontologia: “Journal of Dental Science”.      

No dia 03 de Outubro de 1840 foi fundado nos Estados Unidos o primeiro estabelecimento de ensino da Odontologia: ”The Baltimore College Of Dental Surgery”.

Em 1844, o Dentista Horace Wells descobriu o princípio da anestesia, usando um gás que causava sensação de torpor - foi preso, morreu pobre e abandonado.

Em 1853, houve a descoberta da seringa hipodérmica.                                    

Em 1871, foi fabricada a primeira cadeira dentária em metal e com motor a pedal.

A Odontologia começou no Brasil, oficialmente, no dia 25 de Outubro de 1884. A iniciativa foi de Médico, diretor da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, Dr. Vicente Cândido Figueira Sabóia (Visconde de Sabóia). 

Ele solicitou ao Imperador do Brasil, Dom Pedro II, que, pelo Decreto Lei nº 9.311, autorizou as Faculdades de Medicina do Rio de Janeiro e da Bahia, a mudarem seus estatutos para criarem os cursos de Farmácia e Odontologia, Ginecologia e Obstetrícia, para funcionar como anexo dos Cursos de Medicina. Este acontecimento colocou a Odontologia em uma nova situação e num novo status.

A ODONTOLOGIA NO RIO GRANDE DO NORTE

A primeira notícia sobre a Odontologia do Rio Grande do Norte data de 27/06/1889, publicada no jornal Gazeta de Natal, por um “cirurgião” barbeiro prático, Elísio Leite, que oferecia seus trabalhos odontológicos à sociedade natalense, por preços especiais.

Oficialmente, a Odontologia do Rio Grande do Norte, começou com a chegada a Natal do Dr. Solon de Miranda Galvão, que concluiu seu curso de Odontologia no Rio de Janeiro, e Dr. Manoel Cavalcante Ferreira de Melo, que concluiu o seu na Bahia. Os dois, quase simultaneamente, começaram a clinicar em Natal, praticamente na mesma época, em 1910, sendo considerados os dois primeiros Dentistas a clinicarem em Natal.

Outro grande acontecimento foi a chegada a Natal do Dr. Francisco Xavier Ramalho, natural de São José do Egito/PE. Ele veio para trabalhar no Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS). Formado em Odontologia, ele liderou a fundação da Associação Odontológica do nosso Estado, hoje, Associação Brasileira de Odontologia, em 27/09/1930, com os seguintes colegas: João Varela, Augusto de Souza, José Carlos Leite, Sílvio de Souza, Orlando Ubirajara, José Péricles Leite, Átila Garcia, Clidenor Lago, José Gurgel, Nizário Gurgel e Osvaldo Ribeiro. Essa Associação foi criada em um prédio antigo, na rua Dr. Barata, na Ribeira.

Outro fato relevante foi a criação da Faculdade de Odontologia do Rio Grande do Norte, cujo idealizador foi o professor Luiz Correia Soares de Araújo, diretor do Grupo Escolar Frei Miguelinho - encontrou algumas resistências que depois foram superadas.

O Decreto Lei nº 682, do Interventor Federal Orestes da Rocha, criou a Faculdade de Farmácia e Odontologia, em 03/12/1947. Depois, foram criados: o Conselho Regional de Odontologia, iniciativa do Professor Clemente Galvão Neto, em 1967; o Sindicato dos Odontologistas do Rio Grande do Norte e a Academia Norte-Rio-Grandense de Odontologia, em 15 de Março de 1989.

Estes fatos históricos são relembrados para homenagear muitos colegas que, além de praticarem a profissão com Ética e Dignidade, também foram responsáveis pela criação das entidades de classe e Instituições de ensino que colocam a Odontologia do Rio Grande do Norte como uma das melhores do Brasil.

No Dia do Cirurgião Dentista não podemos esquecê-los: Francisco Xavier Ramalho, José Cavalcante de Melo, Odilon de Amorim Garcia, Clemente Galvão Neto, Pedro Lopes Cardoso Neto, Solon Galvão Filho, Fernando Rezende, Luís Vasconcelos Leite, Ricardo Calazans, Alberto Moreira Campos, Melquíedes de Sousa, Rosalvo Pinheiro Galvão e muitos outros igualmente importantes, mas, por falta de espaço não estão citados.  

Parabéns a todos eles e toda a Classe Odontológica!
Givaldo Soares
Cirurgião Dentista